Marajó - Cultura e a Arte Marajoara





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Manifestação Cultural Marajoara
A Ilha de Marajó, no Norte do Pará, não se destaca apenas por suas belezas naturais e por seu imenso rebanho de búfalos. A cultura local também é motivo de fascinação para quem é de fora. Suas lendas, festas e danças características são parte fundamental da identidade das populações da ilha. A música típica é uma de suas grandes riquezas. “Os principais ritmos são o Carimbó, difundido por todo o Pará, e o Lundu, que fica mais restrito à ilha”, conta Amélia Barbosa, coordenadora do Grupo de Tradições Marajoara Cruzeirinho.

Suas Lendas
O Boaventura era um vaqueiro da fazenda "São Sebastião". Ele tinha um grande amigo, o Merandolino, mais conhecido como Merá. Eles estavam sempre juntos nas festas, nas bebedeiras e no comércio do Miguelão. Certo dia, Boaventura estava com os companheiros de trabalho, quando atravessou o lago Piratuba, pertencente à mesma fazenda. Naquela oportunidade, ele desapareceu misteriosamente nas águas do lago. Três anos após seu desaparecimento, Merá cavalgava pelos campos marajoaras, ainda recordando do amigo sumido, quando se espantou com uma voz pronunciando seu nome vindo de um homem que dizia ser o Boaventura. Ele estava parado na sua frente, nu da cintura para cima, com um chapéu de grandes abas escondendo seu rosto. Boaventura montava seu cavalo baio.
Os arreios eram tão bem cuidados que as argolas brilhavam muito. Dai em diante, eles passaram a se encontrar. Boaventura quis ajudar o amigo e ofereceu uma "botija" cheia de jóias que estava enterrada, mas, Merá não aceitou. Mesmo tendo encontrado todas as pistas de localização do tesouro dos finados colonizadores Merá não quis o presente porque, se aceitasse, partiria de Soure para sempre e sofreria terrível maldição. Muitos anos depois Merá morreu. Enquanto o pessoal da fazenda velava o corpo, viu chegar um rapaz que não saudou ninguém. Ele ficou parado na porta, olhando firme para o corpo do morto. Depois, se afastou e desapareceu. Os presentes no velório diziam que era o Boaventura que se despedira do amigo. No aterro do lago Piratuba existe um cajueiro. Em suas raízes há uma poça d'água que nunca seca. Dizem ser ali a morada do vaqueiro encantado. E quem apanhar um caju dessa árvore, sem lhe pedir licença, é atacado por dezenas de cabras. Conheça mais sobre as Lendas Marajoaras. Lendas Pai D'Égua.


Lundu Marajoara
O “Lundu” é uma dança de origem africana trazida para o Brasil pelos escravos. A sensualidade dos movimentos já levou a Côrte e o Vaticano a proibirem a dança no século passado. No Brasil o “Lundu”, assim como o “Maxixe” (a dança excomungada pelo Papa), foi proibido em todo Brasil por causa das deturpações sofridas em nosso país. Mas, mesmo às escondidas, o “Lundu” foi ressurgindo, mais comportado, principalmente em três Estados brasileiros: São Paulo, Minas Gerais e na Ilha do Marajó, no Pará.

Carimbó Marajoara
Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil,o carimbó é uma dança de roda do litoral do Pará, no Brasil. Na forma tradicional, o carimbó é acompanhado por tambores de tronco de árvores afinados a fogo chamados curimbó. A dança se espalhou também pela Região nordeste do Brasil. O carimbó é considerado um gênero de dança de origem indígena, porém, como diversas outras manifestações culturais brasileiras, miscigenou-se, recebendo outras influências, principalmente de origem africana.

Dança do Vaqueiro de Marajó
A dança do Vaqueiro de Marajó destaca-se por ser uma manifestação folclórica que revela características culturais da Ilha de Marajó, localizada no Estado do Pará. Esta ilha guarda belezas naturais descrevendo praias com dunas de areias claras, rios, lagos, florestas rica em fauna e flora, além de apresentar um rebanho extenso de búfalos na região. O local apresenta suas características próprias de artesanato, culinária e danças tradicionais que geralmente retratam a vida do fazendeiro, do pescador, do vaqueiro e do caboclo marajoara. Os vaqueiros de Marajó são mestiços de índios e brancos que exercem função na vida do gado. Caracterizam-se por homens destemidos na luta contra animais e enfrentam desafios rotineiros no campo. Na indumentária utilizam jaqueta, chapéu, avental, luvas e botas feitas de coro, tudo para a proteção da pele contra galhos e espinhos das árvores e queimaduras do sol.

Chula Marajoara
Para acalmar os ânimos da Igreja Católica. a qual estava indignada com a Dança do Lundú, as mulheres negras decidiram então, montar uma dança que mostrasse um caráter religioso, surgindo dessa forma a Chula Marajoara ou Taieiras, dança esta que exalta o nome de divindades como Nª Sra. do Rosário e São Benedito. Dançada somente por mulheres o que lhe denomina o nome de chula, é chamado também de dança das taieiras (talheiras) poe que as negras tinham que carregar água do rio até as casas dos seus senhores em talhas.

Festividades de São Sebastião
Anualmente, de 10 a 20 de janeiro, a Ilha do Marajó se envolve com as festividades em honra ao Glorioso São Sebastião, uma das mais importantes manifestações do arquipélago. Mas antes, no mês de julho do ano anterior, tem início a peregrinação dos foliões, que percorrem casas e instituições na ilha e em outros municípios do estado levando a imagem do santo, cantando folias e rezando ladainhas a fim de arrecadar doações para a festa. Essa andança, chamada de “esmolação”, pode durar de uma semana a seis meses.

No dia 10 de janeiro, a festa oficialmente tem início com a “alvorada”, às 5 horas da manhã. Uma missa de abertura é celebrada e o mastro é levantado. As comemorações se estendem de uma semana a dez dias, a depender da localidade. A praça principal da cidade, onde geralmente ocorre a festa, vira um arraial com barracas e com um barracão para dança.
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Arte Marajoara
A incessante busca pelas peças que decifrem o quebra-cabeça da origem da nossa história levou cientistas a descobrir os costumes e a cultura da sociedade marajoara que habitou o norte do Pará entre os anos 400 e 1400. Dos marajoaras pouco restou. Mas o avanço da ciência contornou as pistas exíguas deixadas por esse povo que possuía habilidades artísticas altamente sofisticadas, e, através de análises químicas, o legado das cerâmicas revela agora como viveu essa sociedade de um milênio atrás – considerada uma das primeiras organizações sociais do Brasil. Quando se fala de marajoaras associa-se imediatamente essa expressão a peças de cerâmica. Pois bem, sabe-se agora também que quando se falar dessas peças será preciso associá-las às mulheres: eram elas as responsáveis por sua confecção. Sociedade Marajoara.
A Arte Marajoara representa a produção artística, sobretudo em cerâmica, dos habitantes da Ilha de Marajó, no Pará, considerada a mais antiga arte cerâmica do Brasil e uma das mais antigas das Américas. Povos de culturas sofisticadas povoaram a Ilha de Marajó muito antes da chegada do colonizador europeu. Eram os marajoaras, que dominavam a técnica de horticultura na floresta e desenvolviam a agricultura itinerante, com queimada e derrubada de árvores.
Habilidosos arquitetos, os marajoaras faziam aterros artificiais para erguer suas casas nas épocas de cheia. O maior legado desse povo, que desapareceu por volta do ano de 1.300, foi a estilizada cerâmica marajoara. São vasos, jarros, pratos, utensílios de cozinha e urnas funerárias ricamente enfeitados com curiosos desenhos - o mais comum é o de uma serpente, representada por espirais. As peças mais antigas datam de 980 a.C. e podem ser apreciadas nos museus do Marajó, em Cachoeira do Arari, e no Museu Paraense Emílio Goeldi, em Belém.
Segundo pesquisadores, acredita-se que foram cinco as fases arqueológicas da ilha do Marajó , correspondendo cada uma a diferentes níveis de ocupação e a diferentes culturas instaladas na região (Ananatuba, Mangueiras, Formiga, Marajoara e Aruã). A cultura Marajoara surgiu na Ilha de Marajó, a partir de um processo de mudança cultural que ocorreu entre as comunidades que já habitavam a Ilha desde há 3.500 anos atrás. Inúmeros artesãos reproduzem peças de barro no estilo marajoara. A maioria dos ateliês fica em Icoaraci, cidade a 23 quilômetros de Belém, que tem uma cooperativa de ceramistas. O mais famoso de todos os artesãos é o seu Anísio, cujas bem trabalhadas peças já foram vendidas até para a Joalheria H. Stern. Quem visita seu ateliê pode acompanhar todo o processo de produção das peças. Itaú Cultural.
Icoaraci é o maior centro produtor e divugador da cerâmica indígena amazônica. Donanias Leite Gonçalves ou Doca Leite como é conhecido, é artesão e pratica o ofício a mais de trinta anos. Desde 1987 participa de feira e eventos por todo o Brasil, e tem suas peças espostas em vários países. Visite a sua página na internet. Doca Leite Artesanato do Pará.


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